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Entenda como funciona a impressão digital em tecido

22 de Outubro de 2021 0 comentários

A impressão digital em tecido é uma tecnologia cuja aplicação vem se ampliando a cada ano devido à sua versatilidade, alta produtividade e custos menores em comparação aos métodos tradicionais, como a serigrafia. Todavia não se trata de uma técnica única, há vários tipos de impressoras no mercado que utilizam processos completamente diferentes — os quais variam de acordo com o tecido e o objetivo.

Para que você entenda essa complexidade, preparamos este post especialmente para você. Nele, resumimos como as impressoras têxteis funcionam, quais são as etapas do processo de tingimento digital e como escolher o melhor equipamento para a sua necessidade. Acompanhe!

Como funcionam as impressoras têxteis?
A primeira coisa que você deve saber sobre a impressão digital têxtil é que há vários tipos de equipamentos e de técnicas. Cada uma será melhor para um terminado tipo de tecido ou necessidade. Isso porque cada material tem uma característica química própria e, portanto, precisa de um processo específico para garantir a interação pigmento-tecido. No entanto, podemos generalizar dois tipos gerais de impressoras em uso no mercado. Confira os tipos a seguir!

Sublimáticas
As sublimáticas consistem na primeira tecnologia que possibilitou a impressão digital em tecido. Seu mecanismo de ação é um pouco complexo, pois envolve uma série de transformações físicas:

a estampa deve ser primeiramente impressa em um tipo especial de papel com o pigmento especial para aquele tecido;
depois disso, o tecido é colocado junto com o papel na prensa da impressora;
temperaturas elevadas (> 200 graus celsius) transformam o pimento em um gás, que se liga ao tecido;
o tecido volta para o ambiente e deve receber um tratamento de fixação.
Devido às elevadas temperaturas, ela praticamente só pode ser aplicada em poliéster e outros tecidos sintéticos.

Direto no tecido (DTG)
Neste caso, a tinta é aplicada diretamente no tecido, mas nem sempre isso ocorre naturalmente. Portanto, dividimos o DTG em dois processos:

impressão com pigmentos: neste caso, é como uma impressão tradicional de jato de tinta. O tecido é como se fosse um papel no qual a tinta é aplicada diretamente e se fixa devido à afinidade com as fibras do tecido;
impressão com corantes reativos ou ácidos: aqui, para a tinta se fixar ao tecido, precisa de uma ajuda extra — que pode ser uma reação química (reativo) ou um meio ácido.


Como é o processo de impressão digital em tecido?
Preparação do tecido
Os tecidos podem se originar de matérias-primas diferentes e isso influencia diretamente nas suas propriedades para impressão. Por exemplo, há tecidos 100% algodão, 100% sintéticos e composições mistas com diferentes proporções. No caso dos sintéticos, a base principal é o petróleo. O processo de tingir um tecido envolve a ligação química permanente entre as fibras e as moléculas do corante. Portanto, materiais diferentes precisam de corantes e técnicas diferentes.
Nos processos de sublimação e tintura reativa, é necessário que o tecido receba um pré-tratamento antes de ir para a impressora. Essa etapa pode ser feita dentro da fábrica ou você pode comprar o tecido já pré-tratado. No DTG com pigmentos, geralmente não há necessidade disso.

Escolha da tinta
A escolha da tinta depende, portanto, do material do tecido e de outra variável importante: o uso.
Tinta têxtil pigmentada
Pode ser empregada na maioria dos tecidos, como algodão, seda, poliéster, nylon e lã. É a melhor escolha quando o objetivo é a produção de acessórios têxteis de decoração ou roupas. Geralmente, a maioria das impressoras trabalha com um sistema de oito corantes para produzir as demais cores: ciano, magenta, amarelo, preto, cinza, laranja, violeta e vermelho.

No entanto, alguns equipamentos oferecem um sistema de até 16 cores para aumentar a nitidez e a qualidade da impressão. Porém, isso só é necessário em casos bem específicos, como impressão de fotografias em tecidos. Outra vantagem é que, neste tipo, não há necessidade de pré-tratamento, que é opcional, cuja finalidade é melhorar a nitidez das cores.

Tintas ácidas e reativas
Como no caso anterior, a impressão é direta no tecido, mas há a necessidade de pré-tratamento — o qual pode ser específico para cada tecido. Além disso, algumas etapas específicas de pós-tratamento devem ser feitas com lavagens, o que torna o processo de impressão mais caro.

Existem algumas vantagens: maior variedade de cores, maior suavidade dos contornos e processo de tingimento mais rápido. Os ganhos de qualidade, portanto, são significativos, mas o investimento maior só vale a pena para indústrias de larga escala com alta demanda.

Tintas de sublimação
A tinta deve ter uma boa afinidade com o poliéster, que é o único material que suporta o processo. Por isso, é mais comumente utilizada na impressão têxtil de materiais de marketing (como as bandeiras) ou roupas esportivas. Ademais, devem também ter boa fixação na celulose, pois também é necessário imprimir a estampa em papel.

Seleção das impressoras
Explicamos o funcionamento geral delas no tópico anterior. Agora, vamos falar sobre a escolha do equipamento certo para o seu negócio. Nesse sentido, há três tipos de impressoras:

impressoras para baixo volume e menor área de impressão, que devem ser escolhidas para estamparias de camisetas do varejo;
impressoras para médio volume de impressão, com variados tamanhos, para os negócios com maior necessidade de produtividade, como empresas de roupas e acessórios têxteis de marketing;
impressoras industriais para grande volume, que são voltadas especificamente para as fábricas.
Design em sotfwares
Outra grande diferença das impressoras digitais é a necessidade de se utilizar um software para criar o desenho da estampa, pois as máquinas não conseguem interpretar desenhos à mão. Para isso, você precisará contratar um software de design próprio e importar os desenhos feitos nele para o programa da impressora.

Fixação
Por fim, temos a etapa de fixação, que garante a qualidade final do produto:

tintas têxteis pigmentares: aplicação de uma prensa aquecida e lavagens;
corantes ácidos e reativos: fixação com vapor, lavagem e secagem em equipamentos industriais especializados;
sublimação: calor seco e lavagens.
A impressão digital em tecido permitiu uma evolução muito grande na indústria têxtil. Grande parte dos processos anteriores podem ser totalmente mecanizados, reduzindo a necessidade de mão de obra humana em tarefas repetitivas. Além disso, há um ganho de escala muito grande, pois as impressoras são muito produtivas e podem funcionar praticamente 24 horas por dia 7 dias por semana.

Via:Febratex

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