23 de Setembro de 2024 0 comentários
Para a psicóloga Ana Carolina D’Agostini, consultora e coordenadora de formações do Instituto Ame Sua Mente, é preciso prestar atenção quando a ansiedade começa a trazer prejuízos para a vida dos estudantes, afetando sua forma de ser, de se relacionar, de estudar e de fazer as coisas que gosta. “Temos que olhar para a saúde mental como um espectro. Se de um lado a ansiedade pode ajudar na hora de se preparar para uma apresentação de trabalho, por exemplo, no outro extremo ela pode tirar o sono de um estudante, trazer muitos pensamentos negativos e abalar a sua autoestima”, explica.
No ambiente escolar, diferentes fatores podem contribuir para que os alunos vivenciem níveis de estresse e ansiedade acima do normal. Um deles é o formato das avaliações, frequentemente concebido para mensurar o desempenho da turma somente ao término de um período letivo, negligenciando o trajeto de aprendizagem. Conforme observado por Ana Carolina, essa abordagem atribui um peso desproporcional à avaliação, levando o estudante a encará-la como o único momento para demonstrar tudo o que aprendeu ou desenvolveu.
“Se pensarmos em um ano letivo com quatro bimestres, quantas oportunidades não teríamos de olhar para esse estudante? A avaliação tem que potencializar o crescimento do aluno e apoiar o seu desenvolvimento”, destaca. Para isso, os educadores podem adotar uma mentalidade de crescimento em sala de aula, onde trabalham com uma linguagem mais propositiva, dão feedbacks constantes e acompanham a evolução da turma por meio de rubricas. “Começamos a dar outro peso para a construção do conhecimento, e isso faz uma diferença gigantesca”, reflete.
Além de alertar sobre a necessidade de repensar o processo de avaliação na escola, Ana Carolina também propõe algumas estratégias que os educadores podem adotar para auxiliar os estudantes a enfrentarem o estresse e a ansiedade durante esses períodos. Confira:
Reserve períodos dedicados à prática de mindfulness
No início das aulas ou mesmo durante um intervalo, é benéfico reservar alguns minutos para que os alunos possam praticar mindfulness, prática de meditação direcionada para a atenção no tempo presente. Essa técnica auxilia a turma a se concentrar, a desenvolver maior consciência em relação à respiração e aos elementos que causam tensão.
Leve conhecimentos sobre saúde mental e autocuidado para a escola
Ao incorporar no ambiente escolar um entendimento básico sobre saúde mental e autocuidado, os estudantes terão a chance de reconhecer e gerenciar melhor suas emoções. Além disso, eles poderão compreender os benefícios positivos que o exercício físico, o sono adequado e uma alimentação balanceada podem ter na promoção da saúde mental. Essa abordagem contribui não apenas para o desenvolvimento individual, mas também para a criação de um ambiente educacional mais consciente e equilibrado.
Engaje os estudantes por meio de projetos significativos
Ao conectar os conhecimentos a projetos concretos, os alunos conseguem perceber um propósito mais tangível em seu aprendizado. Essa abordagem não apenas aumenta a motivação, mas também fortalece a confiança na sala de aula, reduzindo as tensões frequentemente associadas a momentos como a apresentação de trabalhos. A relevância prática proporcionada pelos projetos cria um ambiente mais estimulante, onde o aprendizado se torna mais significativo e envolvente.
Ajude a turma a identificar distrações e pensamentos catastróficos
Seguindo a perspectiva da psicologia cognitivo-comportamental, nossas emoções são moldadas por pensamentos, os quais são precedidos por interpretações que fazemos do mundo ao nosso redor. Quando os estudantes começam a abordar isso de maneira mais consciente, adquirem a habilidade de reconhecer pensamentos excessivamente pessimistas, os quais nem sempre refletem uma análise precisa da situação. Isso promove uma mentalidade mais equilibrada e realista, capacitando-os a enfrentar desafios de forma mais construtiva.
Via: Faber Castell
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